30 de abril de 2011

Action figures - Porquê tanta tentação?


Um dia tive a oportunidade de dar uma voltinha no Colombo, dado o facto de os meus professores do seminário Profissões de Comunicação terem faltado. Nessa tarde, não tinha a intenção de comprar nada; só coscuvilhar e lanchar uma bela fanoca de bolo de bolacha no Il Caffe Di Roma. Contudo, ao passar pela Replay Zone, com o intuito de levar apenas um booster de cartas Yu-Gi-Oh!, qual é o meu espanto ao deparar-me com os novos produtos da loja: action figures (ainda por cima de Bleach)!!! Logicamente, não saí da loja de mãos vazias: escolhi, paguei e fui rumo a casa.

Não postei este pequeno episódio por acaso: o meu verdadeiro objectivo é falar/comentar sobre a magia que envolve estes bonecos que para nada mais servem do que ficar, ali, na prateleira, à espera que alguém lhes dê atenção (e, deste modo, a colecção aumenta).

Creio que, quando se planeia gastar dinheiro, há sempre motivos diferentes para o fazer. Neste caso concreto, aponto os que considero dominantes: paixão imensa por determinado personagem (com a sua action figure, sentimo-nos mais perto dele) e o gosto em coleccionar (ficamos satisfeitos só de constatar que a prateleira está com cada vez menos espaço).

Pessoalmente, estas duas razões levam-me a continuar a querer comprar action figures. O preço também é importante mas, por vezes, não é para isso que se olha mais (já vi um boneco a ser vendido à minha frente por 70 e tal euros mas sei que há situações mais graves, no bom sentido).

Sendo assim, haverá mesmo magia? Ou é tudo perfeitamente justificável? Ficam as perguntas. Mas não vou acabar o post sem dar a minha resposta: na verdade, temos motivos bem válidos para comprar as action figures, no entanto, porque é que, mesmo que a carteira esteja vazia, nos prendemos às montras? Ou observamos com pormenor um artigo que nem sequer fazemos intenção de comprar? No meu entender, são a perfeição e a beleza deste tipo de arte que criam a magia que a envolve; é um tipo de magia diferente do das varinhas de condão... mas não deixa de o ser.


26 de abril de 2011

ANIPOP V


A Casa da Juventude do Parque das Nações abriu as suas portas ao ANIPOP V no dias 15 a 17 de Setembro de 2006. Foi um momento bastante aguardado, pois em Novembro de 2005 já sabíamos que o evento seguinte da Anipop - AJACJ (Associação Juvenil de Animação e Cultura Japonesa) se realizaria nesta data.

Sexta-feira - Pouca afluência. Oportunidade única para começar a fazer compras. Desta vez, tinham sido disponibilizadas bancas a algumas lojas como a Naraneko e a Casa da BD. O karaoke foi o ponto alto da noite, tendo-se ouvido no auditório músicas como Undo de Fullmetal Alchemist, Hikari de Kingdom Hearts, Go!! de Naruto, Suteki Da Ne de Final Fantasy X, entre outras. Houve bons e maus cantores, mas o que importa é que todos se divertiram.

Sábado - Dia de maior afluência e actividade. Apesar de o concurso de cosplay ter sido apenas no domingo, os otaku tiveram a oportunidade de fotografar muitos personagens, quer de anime, quer de jogos (e ainda estrelas da j-pop e j-rock). Quem estivesse interessado, podia participar, ora no Workshop de Caracterização, ora no de Aikido, ou ainda no Otaku mais fraco ou no torneio de jogos. Mais uma vez, a noite foi o grande momento do dia, devido à actuação dos Tempura, uma banda dedicada a covers de músicas japonesas que deixaram marca (por se tratarem, na sua maioria, de temas abertura ou encerramento de anime). Seguiu-se-lhe o karaoke, mais concorrido do que no dia anterior.

Domingo - Dia dedicado à repetição dos workshops e ao concurso de cosplay. Desfilaram mais de 40 cosplayers, no entanto, a tarde foi pobre relativamente à quantidade (e não à qualidade) de skits, quer individuais, quer de grupo. Todavia, todos estiveram de parabéns, pois, como já várias pessoas tinham dito, no ano 2006 foram bastante notórios o esforço e a dedicação relativamente aos fatos criados.

Na minha opinião, este evento, apesar de ter sido diferente em relação ao Re:Anipop no que diz respeito às actividades e horários das mesmas, foi igualmente positivo porque, essencialmente, não faltou diversão, nem convívio.

Este post está acompanhado por uma foto de grupo de cosplay, dada a importância que este teve (e sempre terá), pois não há dúvida que é o que dá cor a um evento dedicado a anime e cultura japonesa.


Kaitou Saint Tale





Nome original: Kaitou Saint Tale

Nome oficial: Saint Tale

Género(s): Comédia, Romance, Shoujo, Vida Escolar

Número de episódios: 43

Ano: de 12/10/1995 a 12/09/1996

Classificação pessoal: 7/10


C
hegou a altura de vos dar a conhecer um anime que tive a oportunidade de ver durante as minhas férias de Verão de 2006. É conhecido como A Ladra Meimi cá em Portugal mas o seu nome original é Kaitou Saint Tale.

Esta série de animação conta a história de uma rapariga de 14 anos, de seu nome Meimi Haneoka, que, durante o dia, vive normalmente, como qualquer adolescente, mas que, à noite, através de poderes mágicos, se transforma na Saint Tale, uma ladra que rouba dos criminosos objectos, que outrora já haviam sido roubados por eles, e os devolve aos respectivos donos.

Meimi tem conhecimento das injustiças cometidas na cidade de Seika através da sua amiga e colega de escola, Seira Mimori que, apesar de frequentar a Academia St. Paulia (um colégio religioso) juntamente com Meimi, exerce o cargo de freira fora do horário escolar. Assim sendo, muitas pessoas vão à capela St. Paulia desabafar com Seira sobre injustiças que sofreram e, deste modo, Meimi pode ajudá-las, ocultando a sua verdadeira identidade.

No entanto, constantemente, Meimi defronta-se com um obstáculo: Daiki Asuka, um jovem polícia, mais conhecido por Asuka Jr. que, apesar de ter a mesma idade que ela, fora promovido pelo Presidente da Câmara para se ocupar do Caso Saint Tale.

Não é só a idade que Asuka Jr. tem em comum com Meimi: ambos são colegas na Academia e, ao longo da série, entende-se que ambos partilham o mesmo sentimento - o amor. Contudo, Asuka Jr. não sabe que Saint Tale é, na verdade, Meimi, e isso vai causar-lhe confusão porque acaba por se sentir da mesma forma perto de ambas. Todavia, para estar quase 24 horas por dia perto dele, Saint Tale faz-lhe uma promessa: irá sempre mandar uma mensagem ao jovem polícia a avisá-lo onde e quando irá e o que vai fazer na respectiva noite, para que ele também possa concretizar o seu maior sonho: apanhar a ladra e descobrir a sua verdadeira identidade.

Apesar da convivência com Asuka Jr. já ser complicada (pois Meimi tenta, não só esconder o seu sentimento, como também a identidade), Rina Takamiya vai atrapalhar ainda mais as coisas, pois, sendo filha do Presidente da Câmara, vai querer colaborar no Caso Saint Tale, assim como conquistar o seu colega polícia.

Confesso que me foi um pouco difícil deduzir o final deste anime, no entanto, não deixou de me surpreender (para já, fica em segredo).

Apesar da dobragem em português desta série não ter sido, completamente, do meu agrado, vê-la nas cassetes VHS gravadas foi a única maneira que arranjei para conhecer Kaitou Saint Tale (e valeu a pena).

Love Hina




Género(s): Comédia, Ecchi, Romance

Número de episódios: 24

Ano: de 19/04/2000 a 27/09/2000

Classificação pessoal: 4/10


Tudo começa com uma promessa de infância: Naru Narusegawa, ao brincar com um menino da sua idade, pelo qual se apaixona, desafia-o para, quando forem mais velhos, entrarem juntos na Universidade de Tóquio.

Entretanto, passam alguns anos. Keitaro Urashima, agora com 20 anos, depois de ter chumbado (mais uma vez) os exames para frequentar um curso superior, vai tornar-se o manager do Hinata Inn, um dormitório só de raparigas que é propriedade da família, no bairro Kanagawa.

É com este novo emprego que vai conhecer a sua segunda família: Shinobu Maehara, uma estudante tímida, tem um fraquinho por ele. Contrariamente às suas companheiras, não é violenta e, em vez disso, chora, o que faz com que, em muitas e várias situações, Keitaro se sinta culpado. No Hinata Inn, é responsável pela lavagem da roupa e cozinha para todos; Motoko Aoyama pratica kendo, sendo óptima a manejar a sua katana. No início, está contra a ideia de Keitaro ficar no dormitório, desenvolvendo, contudo, mais tarde, um sentimento de respeito e afecto por ele, o que não a impede de continuar a ameaçá-lo e a atacá-lo com a espada; Kaolla Su é uma estudante estrangeira, brincalhona, que não demonstra sinais de maturidade. A tecnologia é a sua especialidade e, por isso, constrói robôs e armas que fazem a vida negra a Keitaro; Mitsune Konno, Kitsune para os amigos (que significa raposa em português), passa a vida bêbeda e a aborrecer o manager. Participa em corridas de cavalos para conseguir sustentar-se; Haruka Urashima é tia do Keitaro, ajudando-o com os afazeres do Hinata Inn.

Para completar o grupo das suas novas amigas, falta referir Naru Narusegawa: apesar de se ter esforçado bastante no secundário, com o objectivo de se tornar uma estudante universitária, acabou por não ter sucesso e, deste modo, frequenta, juntamente com Keitaro, uma cram school (uma escola que tem como finalidade ajudar os alunos a atingir determinados objectivos, como passar exames de entrada, quer para o secundário, quer para a Universidade; normalmente, pretende-se que os alunos estudem muita matéria em pouco tempo). Caracterizada pela sua habitual agressividade, que descarrega frequentemente no manager, é, apesar disso, popular com os rapazes, o que faz com que seja ligeiramente invejada por Kitsune, que, da melhor ou pior maneira, procura sempre fazer com que a sua amiga e Keitaro fiquem juntos.

É por ela que Keitaro se mostra mais interessado, principalmente quando começa a ver nela parecenças com a sua amiga de infância, com a qual fez uma promessa. No entanto, ambos vão viver uma relação atribulada à custa do passado de Keitaro pois, ao longo da história, vão encontrar-se com várias raparigas, às quais ele prometera uma relação futura, tal e qual como fizera a Naru.

Love Hina é um anime divertido e cómico e, apesar de não constar na minha lista de preferências, aconselho-o, nem que seja só para levantar o astral e, claro, conhecer um pouco mais da indústria de animação japonesa. Tem 24 episódios mas o final da história só poderá ser visto em Love Hina Again, uma OVA que precede a dois especiais: um de Natal e outro de Primavera.

12 de abril de 2011

Meeting de otaku!





Soube assim do nada: "Sábado (já não me lembro de qual), às 15 horas, na secção de manga, na FNAC do Colombo, vai haver um encontro de fãs de anime/manga".

"Quanto tempo dura?"

"O que vamos fazer?"

Comecei a informar os meus amigos do que ia passar-se nesse fim-de-semana. Eles, pelo menos, iriam, e mais a pessoa que me tinha avisado do meeting. No entanto, às 14 horas, ao sair de casa, ainda sentia que partia para o desconhecido.

Cheguei lá. Pouco passava da hora combinada. O espaço reservado para o encontro estava relativamente vazio: num canto, mais ou menos 6 pessoas liam manga (suponho eu); noutro, um pequeno grupo falava de anime (ouvi alguém mencionar Sailor Starlight e Fullmetal Alchemist) e nós (eu, uma amiga e o meu irmão) folheávamos as bandas desenhadas japonesas, comentando personagens e histórias, sempre observando, desconfiados, à espera que mais alguém aparecesse, ou metesse conversa, ou questionando se aquele meeting iria mesmo realizar-se.

Comecei a ouvir pessoas a aproximar-se.

"Viriam ao encontro?"

- Que gira a tua t-shirt!!! - gritou uma fã, apontando para a camisola do Gaara do meu irmão. - Reconheço-te! Estiveste no Anipop? - voltou ela a dizer.

Num período de 5 minutos, o grupo compôs-se (o meeting era oficial!!!). Toda a gente convivia e trocava opiniões sobre anime e não só. Eu, tímida por natureza, consegui juntar-me facilmente. Partilhávamos todos gostos comuns - anime, manga, cultura japonesa. Começou a formar-se um ambiente agradável, repleto de simpatia e boa disposição.

Na loja, quase nos mandaram embora quando nos repreenderam "Estão a fazer muito barulho!". Mas, felizmente, tínhamos outros planos. Iríamos à TEMA, à Replay Zone e, quiçá, ao Fun Center. O que era certo é que ninguém ia deixar que aquele encontro perdesse a magia que o envolvia.

E assim foi. De um lado para o outro, entrando e saindo das lojas, havia sempre tempo para trocar palavras e conhecer melhor a nossa outra família.

Não cheguei a perceber quando é que o encontro foi dado por terminado. - Provavelmente acaba quando toda a gente se for embora - disse uma amiga minha.

Quando o meu grupo saiu da TEMA, já não vimos ninguém, mas isso também não teve importância. O meeting foi uma experiência positiva e espero que haja muitos encontros como este brevemente.

Mata ne, Samurai Blue!





O dia 22 de Junho de 2006 foi mais um marco na História do Japão: no 2006 FIFA World Cup, a equipa nipónica perdeu 4-1 em relação ao Brasil, dando como certa a sua saída do campeonato mundial, já que, para passar aos oitavos de final, tinha que, pelo menos, ganhar por 2 golos ao Brasil e depender do resultado do jogo entre a Austrália e a Croácia, no qual esta teria que ganhar ou empatar.

Assim despedimo-nos dos Samurai Blue (o novo slogan da selecção japonesa para a campanha do campeonato mundial) e aproveito, deste modo, para postar sobre o futebol japonês, mais concretamente, sobre a selecção: os Nihon Daihyo (os representantes japoneses), os Daihyo (representantes) ou os Zico Japan (o nome do treinador seguido pelo nome do país).

Era a equipa nacional com a melhor classificação na FIFA entre as equipas nacionais asiáticas. O seu maior feito teve lugar nas Olimpíadas de Verão de 1968, na Cidade do México, em que ganhou uma medalha de bronze. Apesar de este acontecimento ter dado um maior reconhecimento ao desporto japonês, a falta de uma liga interna profissional foi a razão pela qual o Japão não seria qualificado para os campeonatos mundiais 30 anos mais tarde.

Em 1991, os donos de uma liga semi-professional de futebol japonês (a Japan Soccer League) resolveram desfazê-la e reformá-la como J. League, com o objectivo de aumentar o prestígio do futebol japonês e fortalecer o programa para formar uma equipa nacional. Com uma nova liga em 1993, cresceu o interesse no futebol e numa equipa nacional.

No entanto, na primeira tentativa para se qualificar para o campeonato do mundo com jogadores profissionais, o Japão perdeu a oportunidade, em 1994, quando perdeu contra o Iraque no último jogo para a apuração. Deste modo, só em 1998 é que aparece pela primeira vez num campeonato mundial, tendo perdido os três jogos que davam entrada para os oitavos de final contra a Argentina, Croácia e Jamaica.

Quatro anos mais tarde, o Japão acolheu o 2002 FIFA World Cup juntamente com a Coreia do Sul. Tendo chegado aos oitavos de final, não conseguiram levar a taça para casa.

É um facto que o Japão tem tido um sucesso muito mais considerável no campeonato asiático, pois ganharam a taça em três das últimas quatro finais, tendo sido os seus principais rivais a Coreia do Sul, seguido pelo Irão e depois pela Arábia Saudita.

Foi no dia 8 de Junho de 2005 que o Japão foi qualificado pela terceira vez consecutiva para entrar no campeonato mundial, neste caso, por ter derrotado a Coreia do Norte por 2-0 na Tailândia. Em 2006, estava no grupo F juntamente com a Austrália, Croácia e Brasil no campeonato, tendo já sido desqualificado (como já tinha referido) depois de ter perdido 3-1 contra a Austrália, empatado com a Croácia e sofrido uma derrota 4-1 contra o Brasil.

Apoiei a selecção japonesa como a minha segunda equipa. E foi com a mesma esperança que voltei a vê-la em 2010.