Um dia tive a oportunidade de dar uma voltinha no Colombo, dado o facto de os meus professores do seminário Profissões de Comunicação terem faltado. Nessa tarde, não tinha a intenção de comprar nada; só coscuvilhar e lanchar uma bela fanoca de bolo de bolacha no Il Caffe Di Roma. Contudo, ao passar pela Replay Zone, com o intuito de levar apenas um booster de cartas Yu-Gi-Oh!, qual é o meu espanto ao deparar-me com os novos produtos da loja: action figures (ainda por cima de Bleach)!!! Logicamente, não saí da loja de mãos vazias: escolhi, paguei e fui rumo a casa.
Não postei este pequeno episódio por acaso: o meu verdadeiro objectivo é falar/comentar sobre a magia que envolve estes bonecos que para nada mais servem do que ficar, ali, na prateleira, à espera que alguém lhes dê atenção (e, deste modo, a colecção aumenta).
Creio que, quando se planeia gastar dinheiro, há sempre motivos diferentes para o fazer. Neste caso concreto, aponto os que considero dominantes: paixão imensa por determinado personagem (com a sua action figure, sentimo-nos mais perto dele) e o gosto em coleccionar (ficamos satisfeitos só de constatar que a prateleira está com cada vez menos espaço).
Pessoalmente, estas duas razões levam-me a continuar a querer comprar action figures. O preço também é importante mas, por vezes, não é para isso que se olha mais (já vi um boneco a ser vendido à minha frente por 70 e tal euros mas sei que há situações mais graves, no bom sentido).
Sendo assim, haverá mesmo magia? Ou é tudo perfeitamente justificável? Ficam as perguntas. Mas não vou acabar o post sem dar a minha resposta: na verdade, temos motivos bem válidos para comprar as action figures, no entanto, porque é que, mesmo que a carteira esteja vazia, nos prendemos às montras? Ou observamos com pormenor um artigo que nem sequer fazemos intenção de comprar? No meu entender, são a perfeição e a beleza deste tipo de arte que criam a magia que a envolve; é um tipo de magia diferente do das varinhas de condão... mas não deixa de o ser.
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