Género(s): Bishounen, Ecchi, Ficção Científica, Josei
Número de episódios: 13
Ano: de 03/10/2012 a 28/12/2012
Classificação pessoal: 10/10
Mal vi os primeiros trailers e esta série atraiu-me de imediato devido à animação - aqueles movimentos de câmara dinâmicos! -, à beleza do design dos personagens, aos seiyuu que iriam dar-lhes voz e ao grupo que faria o tema de abertura, angela. Fiquei um pouco desapontada quando me apercebi que K iria ter um pouco de ecchi à mistura mas, felizmente, foi q.b..
Todo o enredo de K se desenrola num ambiente de tecnologia avançada e numa era de Reis. Cada um possui poderes únicos - materializados nas várias Espadas de Damocles -, que se distinguem pelo elemento da natureza pelo qual são regidos, pela cor que conferem à aura dos soberanos e pela categoria que lhes está associada.
Confesso que é difícil falar de um só protagonista porque, na minha opinião, vários personagens mereciam esse destaque. De qualquer modo, falemos do Yashiro Isana, um estudante um pouco cabeça no ar, amável e que não dispensa a companhia da sua gatinha branca, Neko.
Após a morte do Sétimo Rei Incolor, começa a circular um vídeo que mostra Yashiro a disparar sobre um membro do clã do Rei Vermelho, afirmando ser o novo Rei Incolor. Contudo, o miúdo revela não saber nada sobre a situação, o que não lhe basta para ser alvo de perseguição de várias frentes: do Rei Vermelho e do Azul, e respectivos clãs, e de um discípulo do Sétimo Rei Incolor, Kurou Yatogami. O que lhe vale é ter como companheira uma gatinha muito peculiar.
Sobre a história, mais do que isto é spoiler, principalmente porque K é o tipo de anime em que o suspense impera. Só lhe acrescento os adjectivos "interessante", "coerente" e "emocionante". Apesar de não ser muito original, conseguiu agarrar-me ao ponto de querer sempre saber mais sobre a trama.
A nível técnico, as minhas primeiras impressões não me enganaram. O trabalho de animação está espectacular, muito acima da média. Os movimentos de câmara, os ângulos de "filmagem" e a cor dos cenários e personagens proporcionam um ambiente único.
A tudo isto, não podia faltar a banda sonora, que nos faz mergulhar numa narrativa urbana, em que mafiosos e justiceiros se defrontam (refiro-me à rivalidade e características distintas entre os clãs Vermelho e Azul, respectivamente). Na verdade, cada um tem o seu sentido de justiça e são eles que acabam por sobressair na história, começando pelo facto de um dos membros "azuis" ser agora "vermelho", passando pelo forte sentimento de camaradagem e respeito dentro dos clãs e acabando na amizade de longa data entre os dois Reis. Foi um propósito da equipa de produção de K ou foram os fãs que ditaram essa sentença?
Gosto do design dos personagens e do carisma dos mesmos. São tipos de personagem um pouco batidos mas cada um tem uma ou outra particularidade que lhes dá uma certa graça. Há algo que os distingue dos badasses, betinhos, pervertidas das outras séries.
Temos um grande elenco de seiyuu, dentro do qual destaco o Mamoru Miyano pela sua versatilidade e capacidade em dar aos personagens o seu cunho pessoal, tornando-os credíveis como seres humanos.
Embora deteste o tema de encerramento (quer dizer, amei a música do final de um dos episódios... por que é que esse é uma excepção e não é o oficial?!), adoro o de abertura, não só pelo excelente trabalho de edição como também pela música (achei piada ao facto de o grupo musical estar publicitado numa das cenas do último episódio).
K surpreendeu-me bastante pela positiva. Ao que parece, vem aí uma segunda temporada. Só podia ser assim porque ficaram aspectos importantes da história por desenvolver. Mal posso esperar pelo regresso destes meninos muito fixes.