16 de setembro de 2011

E assim nasce uma estrela


Nome: Kaleido Star

Género(s): Artes Performativas, Comédia, Shoujo

Número de episódios: 51

Ano: de 03/04/2003 a 27/04/2004

Classificação pessoal: 9/10





Sora Naegino é uma jovem japonesa de 16 anos que sempre desejou fazer parte do elenco do Kaleido Stage, uma espécie de circo situado na América, no qual não participam animais, mas sim, e praticamente, acrobatas. Foi desde que assistira a um dos seus espectáculos com os seus falecidos pais que nasceu este sonho.

Um dia, sozinha, ela atravessa o Pacífico para uma audição que poderá mudar para sempre a sua vida. No entanto, chega atrasada, e é então que parece que todo o esforço fora em vão... Contudo, este acontecimento acaba simplesmente por marcar o começo de todos os desafios que terá de enfrentar... Sim, porque Sora Naegino vai mesmo integrar o elenco do Kaleido Stage, tudo graças a Kalos Eido, o dono do circo, que vê logo o verdadeiro dom de uma estrela na rapariga, convidando-a, assim, a participar nas peças seguintes.

No início, a maior parte dos colegas de Sora olham-na com uma certa ponta de inveja e desprezo pelo facto de ela ter sido aceite sem ter participado na audição, mas depois começam a vê-la como uma amiga. Assim, Mia Guillem e Anna Heart vão ser as suas melhores amigas, e Ken Robbins, o único que simpatizou (e engraçou) com Sora desde a sua chegada, o seu grande apoio, pois está sempre a animá-la quando ela se deixa ir abaixo e a fazer tudo o que for preciso para ver um sorriso no rosto da japonesa.

Layla Hamilton, a estrela mais brilhante do Kaleido Stage, primeiramente, julga ridículo o facto de Sora ser uma Kaleido Star mas, algum tempo mais tarde, apercebe-se que, mesmo sem querer, ela e Sora são, mais do que rivais, amigas - uma amizade que se desenvolve no palco porque é no Kaleido Stage que ambas se completam no movimento do corpo e na harmonia dos movimentos.

Kaleido Star dá muito mais que falar, só que, através de um post, é impossível passar-vos a emoção que esta série causa no espectador, não só devido à história, como também por causa da demonstração no Kaleido Stage de peças nossas conhecidas (clássicos, como A Pequena Sereia ou Romeu e Julieta) de uma forma única e original.


Shogatsu




Este post dedica-se, exclusivamente, a uma introdução ao shogatsu (Ano Novo no Japão).

A preparação para esta época festiva tem início a meio do mês de Dezembro, com as pessoas a escrever os postais de Ano Novo, que depois são enviados aos colegas, amigos e familiares. Parece inacreditável, mas é um facto que as pessoas, às quais é enviado um postal, o recebem precisamente no dia 1, daí alguns estudantes ajudarem no serviço responsável pela entrega, num trabalho em part-time.

Na verdade, apesar do dia oficial ser dia 1, os japoneses vivem o Ano Novo como sendo uma época que começa no dia 31 de Dezembro e termina no dia 3 de Janeiro. Para eles, o dia 1 é o feriado mais importante do ano, apesar de muitas lojas estarem fechadas até dia 3. Nesse dia, tudo tem que estar limpo (os templos, as casas e as roupas que vestem), a família tem que estar reunida e viver momentos de alegria, sem stress. Cada ano é visto como algo isolado, independente dos outros, sendo este um dos motivos que leva os japoneses a querer começar o ano da melhor maneira possível.
Na véspera, come-se toshikoshi soba (massa de trigo), que simboliza a longevidade e prosperidade, e assiste-se ao programa televisivo Kohaku uta gassen, no qual cantores famosos de música pop japonesa e do estilo enka (música da geração anterior, cujos temas são a nostalgia e o amor infeliz) actuam.




Faz parte da tradição visitar um templo, sendo o momento da passagem do ano aquele que reúne mais pessoas para o ritual. À meia-noite, os sinos dos templos budistas começam a tocar. Nos templos, os japoneses atiram moedas e notas para os degraus, como sinal de oferta. Batem palmas duas vezes (para invocar os deuses), fazem uma pequena vénia e rezam, pedindo um desejo. De seguida, aqueles que procuram saber a sorte que o novo ano lhes reserva, vão a uma das tendas onde está uma donzela responsável pelo templo, vestida com um quimono branco, à sua espera. Pagam uma pequena soma de dinheiro e, à sua frente, a donzela abana uma caixa cheia de paus de bambu numerados, até que saia um deles pelo orifício do topo. Depois entrega ao visitante um papel com o seu número da sorte e o correspondente significado que, normalmente, é atado a um tronco de uma árvore perto do templo.

Antes de irem para casa, as pessoas podem comprar um amuleto de boa sorte

Já de regresso, é comum dar as boas-vindas ao novo ano em casa. Algo curioso que descobri foi que, antes de adormecerem, os japoneses esperam sonhar com o monte Fuji, uma beringela ou um falcão, porque isso significa um bom presságio para o novo ano.

Nota: Akemashite Omedetou Gozaimasu significa Feliz Ano Novo.

Silent Night

清し この夜 星は光り
救いの御子(みこ)は 馬槽(まぶね)の中に
眠り給う いと安く
清し この夜 御告(みつ)げ受けし
牧人達は 御子の御前(みまえ)に
ぬかずきぬ かしこみて
清し この夜 御子の笑みに
恵みの御代(みよ)の 朝(あした)の光
輝けり ほがらかに

Kiyoshi kono yoru, hoshi wa hikari,
Sukui no Miko wa, mabune no naka ni,
Nemuri-tamo, ito yasuku.

Kiyoshi kono yoru, mitsuge ukeshi,
Maki-bito tachi wa, Miko no mimae ni,
Nukazukinu, kashikomite.

Kiyoshi kono yoru, Miko no emi ni,
Megumi no miyo no, ashita no hikari,
Kagayakeri, hogarakani.

P.S. - Se quiserem uma versão cantada desta música, peçam, comentando este post, caso estejam interessados na Kiyoshi Kono Yoru de Digimon 02.

O Natal no Japão




No Japão, o Natal é um pouco diferente do que estamos habituados.

Apesar de muitos japoneses não saberem do que trata o Natal, nem conhecerem a sua ligação com a religião, a maioria das pessoas segue o Budismo ou o Xintoísmo, o que torna o Natal um acontecimento mais comercial que religioso. Outra diferença entre o nosso Natal e o dos japoneses é o facto de se celebrar mais a véspera que o próprio dia de Natal, realidade exemplificada ao longo deste texto.

A partir do final de Novembro, só se ouve músicas de Natal nas lojas e as ruas começam a ser preenchidas de publicidade relacionada com a temática natalícia, sendo comum haver cartazes sobre determinados restaurantes e hotéis a anunciar jantares e espectáculos especiais, invocando um clima romântico para a véspera e dia de Natal.

Há dois costumes peculiares do Natal no Japão: o Daiku e o Bolo de Natal. O primeiro está relacionado com a Nonagésima Sinfonia de Beethoven, que é tocada em vários lugares, às vezes acompanhada por coros enormes, sendo já uma tradição; o segundo é considerado uma bênção para a indústria de bolos japonesa porque todas as pessoas compram um, sendo uma sobremesa indispensável para esta época.

No entanto, por detrás do costume do Bolo de Natal, esconde-se uma piada de mau gosto que se resume no seguinte: as pastelarias procuram vender todos os bolos de Natal antes do dia 24. Deste modo, os que sobram são considerados velhos e estando fora da validade. Por causa disto, mulheres com mais de 25 anos muitas vezes são chamadas de bolos de Natal não vendidos.

Falando em mulheres, principalmente para as que são solteiras, é crucial passar a véspera de Natal na companhia de alguém, num lugar especial, sendo também importante o presente que recebem. Resumindo, todo o serão deverá ser romântico e esplendoroso.

Outra característica do Natal no Japão é o facto de, dentro de uma família, serem os pais a dar presentes às crianças e não estas a darem aos pais, pois apenas o Pai Natal traz presentes, por isso, assim que as crianças deixam de acreditar no Pai Natal, deixam de receber presentes.

Uma (ou mais outra) curiosidade está relacionada com a árvore de Natal: não há pinheiros verdadeiros à venda, apesar de praticamente todas as famílias terem uma árvore de Natal artificial.

Ainda assim, o que mais me impressiona é a velocidade a que as iluminações de Natal nas lojas e locais de comércio aumentam anualmente: um missionário no Japão afirmou que, num período de 7 anos, elas aumentaram aproximadamente 1000%, e que ainda era raro ver o interior das casas com este tipo de iluminações.

Este post contém poucos tópicos sobre o tema e admito ter sido esta a primeira vez que pesquisei sobre o Natal no Japão. De qualquer forma, acho que foi uma experiência divertida e é por isso que vos incentivo a todos a informarem-se sobre esta tradição a la japonesa.

3 de junho de 2011

Death Note


Género(s): Detective, Shounen, Thriller

Número de episódios: 37

Ano: de 04/10/2006 a 27/06/2007

Classificação pessoal: 10/10




- O ser humano, cujo nome seja aqui registado, morrerá;
- O escritor deverá ter em mente o rosto do seu alvo enquanto escreve o seu nome. Desta maneira, as pessoas que têm o mesmo nome não serão afectadas;
- Se a causa de morte for anotada num período de 40 segundos depois de o nome do alvo ter sido escrito, verificar-se-á;
- Se a causa de morte não for especificada, o sujeito simplesmente morrerá com um ataque cardíaco;
- Depois de ter sido escrita a causa de morte, os seus detalhes poderão ser-lhe acrescentados num espaço de 6 minutos e 40 segundos.
in Death Note


Light Yagami é o protagonista de Death Note. É um excelente aluno e ressente-se com o crime e a corrupção que há no mundo. A sua vida monótona sofre uma grande transformação quando, ao regressar da escola depois de mais um dia de aulas, encontra um caderno misterioso caído no chão que tem na capa escrito Death Note.

Abre-o. À sua frente está uma página que contém as regras de utilização. Primeiramente, concentra-se na primeira: O ser humano, cujo nome seja aqui registado, morrerá. Light considera o que acabou de ler uma estupidez mas, ao chegar a casa, senta-se na secretária e volta a olhar para as instruções: O escritor deverá ter em mente o rosto do seu alvo enquanto escreve o seu nome. Desta maneira, as pessoas que têm o mesmo nome não serão afectadas; se a causa de morte for anotada num período de 40 segundos depois do nome do alvo ter sido escrito, verificar-se-á; se a causa de morte não for especificada, o sujeito simplesmente morrerá com um ataque cardíaco; depois de ter sido escrita a causa de morte, os seus detalhes poderão ser-lhe acrescentados num espaço de 6 minutos e 40 segundos.

Mesmo assim, não está convencido. Precisa de verificar se o que lera é real. Através do noticiário da televisão, são-lhe fornecidos dados importantes: o nome e uma fotografia de um assassino. O Death Note é, deste modo, testado. Light conclui que estivera errado. Mas, para ter a certeza que não fora uma coincidência, testa-o de novo, desta vez com uma outra situação: um rapaz que estava prestes a violar uma rapariga na rua.

O resultado não engana: o Death Note é mesmo real. Light entusiasma-se com a ideia de eliminar todos aqueles que fazem o mal, estabelecendo para si um único objectivo: ser o deus de um novo mundo.L

Com o passar do tempo, o número anormal de mortes inexplicáveis começa a chamar a atenção da Organização Internacional da Polícia e um detective, com um nível de inteligência e capacidade de raciocínio impressionantes, conhecido por L, chega à conclusão que Kira (palavra derivada da pronúncia japonesa de killer) se encontra no Japão e que é capaz de matar, conhecendo apenas o nome e o rosto do seu alvo.

L vai tornar-se numa grande ameaça para Light e, deste modo, cada um, fazendo uso das suas qualidades de génio, terá que provar ao outro quem é superior.

FIBDA 04.11.06


O ponto de encontro foi na varanda do Centro Comercial Vasco da Gama. Entre as 10:30 e as 11 horas, todos os cosplayers (e acompanhantes) se reuniriam e, desse modo, começaria o dia. Apesar de a maioria não ter comparecido, tive a felicidade de poder ir, graças à boleia da minha amiga Ana Raquel. Foi um início de tarde bem passado: pudemos conviver (conversar, estar mais à vontade...) e começar a dar uso às máquinas fotográficas (que são indispensáveis neste tipo de eventos).

Por volta das 13 horas, abandonámos o centro, em grupo, e assim iríamos de metro até Alfornelos. Chegando lá, um quarto de hora a pé. E voilá: a FIBDA (Feira Internacional de Banda Desenhada da Amadora) diante de nós, o local que nos iria proporcionar ainda mais diversão e atrofianço (atrofiar é bom e faz falta).

"Quem fosse vestido da sua personagem favorita de BD não paga a entrada", era o que dizia um papel afixado na porta (bastava ir de qualquer coisa, ninguém iria adivinhar se se trataria de um personagem favorito ou não). Havia camarins, lojas e um palco ao nosso dispor. O dia estava ganho. Reunimo-nos com aqueles que tinham ido lá ter previamente e aguardámos pelo início do desfile.

Infelizmente, o espectáculo atrasou e não houve tempo para fazer skits (que normalmente dão cor a um desfile de cosplay, além de ser uma oportunidade para os personagens de determinada série se juntarem e interagirem). No entanto, só a passagem de múltiplos personagens de anime/manga pelo palco (não esquecendo um Iron Man, que se destacou só pelo simples facto de ser um personagem de banda desenhada americana, caso raro em cosplay) foi necessária para viver um momento excepcional e agradável. Todos os cosplayers estiveram de parabéns.

Nos anos seguintes houve mais.

E, actualmente, ainda perdura.



O grupo de Naruto

30 de abril de 2011

Action figures - Porquê tanta tentação?


Um dia tive a oportunidade de dar uma voltinha no Colombo, dado o facto de os meus professores do seminário Profissões de Comunicação terem faltado. Nessa tarde, não tinha a intenção de comprar nada; só coscuvilhar e lanchar uma bela fanoca de bolo de bolacha no Il Caffe Di Roma. Contudo, ao passar pela Replay Zone, com o intuito de levar apenas um booster de cartas Yu-Gi-Oh!, qual é o meu espanto ao deparar-me com os novos produtos da loja: action figures (ainda por cima de Bleach)!!! Logicamente, não saí da loja de mãos vazias: escolhi, paguei e fui rumo a casa.

Não postei este pequeno episódio por acaso: o meu verdadeiro objectivo é falar/comentar sobre a magia que envolve estes bonecos que para nada mais servem do que ficar, ali, na prateleira, à espera que alguém lhes dê atenção (e, deste modo, a colecção aumenta).

Creio que, quando se planeia gastar dinheiro, há sempre motivos diferentes para o fazer. Neste caso concreto, aponto os que considero dominantes: paixão imensa por determinado personagem (com a sua action figure, sentimo-nos mais perto dele) e o gosto em coleccionar (ficamos satisfeitos só de constatar que a prateleira está com cada vez menos espaço).

Pessoalmente, estas duas razões levam-me a continuar a querer comprar action figures. O preço também é importante mas, por vezes, não é para isso que se olha mais (já vi um boneco a ser vendido à minha frente por 70 e tal euros mas sei que há situações mais graves, no bom sentido).

Sendo assim, haverá mesmo magia? Ou é tudo perfeitamente justificável? Ficam as perguntas. Mas não vou acabar o post sem dar a minha resposta: na verdade, temos motivos bem válidos para comprar as action figures, no entanto, porque é que, mesmo que a carteira esteja vazia, nos prendemos às montras? Ou observamos com pormenor um artigo que nem sequer fazemos intenção de comprar? No meu entender, são a perfeição e a beleza deste tipo de arte que criam a magia que a envolve; é um tipo de magia diferente do das varinhas de condão... mas não deixa de o ser.


26 de abril de 2011

ANIPOP V


A Casa da Juventude do Parque das Nações abriu as suas portas ao ANIPOP V no dias 15 a 17 de Setembro de 2006. Foi um momento bastante aguardado, pois em Novembro de 2005 já sabíamos que o evento seguinte da Anipop - AJACJ (Associação Juvenil de Animação e Cultura Japonesa) se realizaria nesta data.

Sexta-feira - Pouca afluência. Oportunidade única para começar a fazer compras. Desta vez, tinham sido disponibilizadas bancas a algumas lojas como a Naraneko e a Casa da BD. O karaoke foi o ponto alto da noite, tendo-se ouvido no auditório músicas como Undo de Fullmetal Alchemist, Hikari de Kingdom Hearts, Go!! de Naruto, Suteki Da Ne de Final Fantasy X, entre outras. Houve bons e maus cantores, mas o que importa é que todos se divertiram.

Sábado - Dia de maior afluência e actividade. Apesar de o concurso de cosplay ter sido apenas no domingo, os otaku tiveram a oportunidade de fotografar muitos personagens, quer de anime, quer de jogos (e ainda estrelas da j-pop e j-rock). Quem estivesse interessado, podia participar, ora no Workshop de Caracterização, ora no de Aikido, ou ainda no Otaku mais fraco ou no torneio de jogos. Mais uma vez, a noite foi o grande momento do dia, devido à actuação dos Tempura, uma banda dedicada a covers de músicas japonesas que deixaram marca (por se tratarem, na sua maioria, de temas abertura ou encerramento de anime). Seguiu-se-lhe o karaoke, mais concorrido do que no dia anterior.

Domingo - Dia dedicado à repetição dos workshops e ao concurso de cosplay. Desfilaram mais de 40 cosplayers, no entanto, a tarde foi pobre relativamente à quantidade (e não à qualidade) de skits, quer individuais, quer de grupo. Todavia, todos estiveram de parabéns, pois, como já várias pessoas tinham dito, no ano 2006 foram bastante notórios o esforço e a dedicação relativamente aos fatos criados.

Na minha opinião, este evento, apesar de ter sido diferente em relação ao Re:Anipop no que diz respeito às actividades e horários das mesmas, foi igualmente positivo porque, essencialmente, não faltou diversão, nem convívio.

Este post está acompanhado por uma foto de grupo de cosplay, dada a importância que este teve (e sempre terá), pois não há dúvida que é o que dá cor a um evento dedicado a anime e cultura japonesa.


Kaitou Saint Tale





Nome original: Kaitou Saint Tale

Nome oficial: Saint Tale

Género(s): Comédia, Romance, Shoujo, Vida Escolar

Número de episódios: 43

Ano: de 12/10/1995 a 12/09/1996

Classificação pessoal: 7/10


C
hegou a altura de vos dar a conhecer um anime que tive a oportunidade de ver durante as minhas férias de Verão de 2006. É conhecido como A Ladra Meimi cá em Portugal mas o seu nome original é Kaitou Saint Tale.

Esta série de animação conta a história de uma rapariga de 14 anos, de seu nome Meimi Haneoka, que, durante o dia, vive normalmente, como qualquer adolescente, mas que, à noite, através de poderes mágicos, se transforma na Saint Tale, uma ladra que rouba dos criminosos objectos, que outrora já haviam sido roubados por eles, e os devolve aos respectivos donos.

Meimi tem conhecimento das injustiças cometidas na cidade de Seika através da sua amiga e colega de escola, Seira Mimori que, apesar de frequentar a Academia St. Paulia (um colégio religioso) juntamente com Meimi, exerce o cargo de freira fora do horário escolar. Assim sendo, muitas pessoas vão à capela St. Paulia desabafar com Seira sobre injustiças que sofreram e, deste modo, Meimi pode ajudá-las, ocultando a sua verdadeira identidade.

No entanto, constantemente, Meimi defronta-se com um obstáculo: Daiki Asuka, um jovem polícia, mais conhecido por Asuka Jr. que, apesar de ter a mesma idade que ela, fora promovido pelo Presidente da Câmara para se ocupar do Caso Saint Tale.

Não é só a idade que Asuka Jr. tem em comum com Meimi: ambos são colegas na Academia e, ao longo da série, entende-se que ambos partilham o mesmo sentimento - o amor. Contudo, Asuka Jr. não sabe que Saint Tale é, na verdade, Meimi, e isso vai causar-lhe confusão porque acaba por se sentir da mesma forma perto de ambas. Todavia, para estar quase 24 horas por dia perto dele, Saint Tale faz-lhe uma promessa: irá sempre mandar uma mensagem ao jovem polícia a avisá-lo onde e quando irá e o que vai fazer na respectiva noite, para que ele também possa concretizar o seu maior sonho: apanhar a ladra e descobrir a sua verdadeira identidade.

Apesar da convivência com Asuka Jr. já ser complicada (pois Meimi tenta, não só esconder o seu sentimento, como também a identidade), Rina Takamiya vai atrapalhar ainda mais as coisas, pois, sendo filha do Presidente da Câmara, vai querer colaborar no Caso Saint Tale, assim como conquistar o seu colega polícia.

Confesso que me foi um pouco difícil deduzir o final deste anime, no entanto, não deixou de me surpreender (para já, fica em segredo).

Apesar da dobragem em português desta série não ter sido, completamente, do meu agrado, vê-la nas cassetes VHS gravadas foi a única maneira que arranjei para conhecer Kaitou Saint Tale (e valeu a pena).

Love Hina




Género(s): Comédia, Ecchi, Romance

Número de episódios: 24

Ano: de 19/04/2000 a 27/09/2000

Classificação pessoal: 4/10


Tudo começa com uma promessa de infância: Naru Narusegawa, ao brincar com um menino da sua idade, pelo qual se apaixona, desafia-o para, quando forem mais velhos, entrarem juntos na Universidade de Tóquio.

Entretanto, passam alguns anos. Keitaro Urashima, agora com 20 anos, depois de ter chumbado (mais uma vez) os exames para frequentar um curso superior, vai tornar-se o manager do Hinata Inn, um dormitório só de raparigas que é propriedade da família, no bairro Kanagawa.

É com este novo emprego que vai conhecer a sua segunda família: Shinobu Maehara, uma estudante tímida, tem um fraquinho por ele. Contrariamente às suas companheiras, não é violenta e, em vez disso, chora, o que faz com que, em muitas e várias situações, Keitaro se sinta culpado. No Hinata Inn, é responsável pela lavagem da roupa e cozinha para todos; Motoko Aoyama pratica kendo, sendo óptima a manejar a sua katana. No início, está contra a ideia de Keitaro ficar no dormitório, desenvolvendo, contudo, mais tarde, um sentimento de respeito e afecto por ele, o que não a impede de continuar a ameaçá-lo e a atacá-lo com a espada; Kaolla Su é uma estudante estrangeira, brincalhona, que não demonstra sinais de maturidade. A tecnologia é a sua especialidade e, por isso, constrói robôs e armas que fazem a vida negra a Keitaro; Mitsune Konno, Kitsune para os amigos (que significa raposa em português), passa a vida bêbeda e a aborrecer o manager. Participa em corridas de cavalos para conseguir sustentar-se; Haruka Urashima é tia do Keitaro, ajudando-o com os afazeres do Hinata Inn.

Para completar o grupo das suas novas amigas, falta referir Naru Narusegawa: apesar de se ter esforçado bastante no secundário, com o objectivo de se tornar uma estudante universitária, acabou por não ter sucesso e, deste modo, frequenta, juntamente com Keitaro, uma cram school (uma escola que tem como finalidade ajudar os alunos a atingir determinados objectivos, como passar exames de entrada, quer para o secundário, quer para a Universidade; normalmente, pretende-se que os alunos estudem muita matéria em pouco tempo). Caracterizada pela sua habitual agressividade, que descarrega frequentemente no manager, é, apesar disso, popular com os rapazes, o que faz com que seja ligeiramente invejada por Kitsune, que, da melhor ou pior maneira, procura sempre fazer com que a sua amiga e Keitaro fiquem juntos.

É por ela que Keitaro se mostra mais interessado, principalmente quando começa a ver nela parecenças com a sua amiga de infância, com a qual fez uma promessa. No entanto, ambos vão viver uma relação atribulada à custa do passado de Keitaro pois, ao longo da história, vão encontrar-se com várias raparigas, às quais ele prometera uma relação futura, tal e qual como fizera a Naru.

Love Hina é um anime divertido e cómico e, apesar de não constar na minha lista de preferências, aconselho-o, nem que seja só para levantar o astral e, claro, conhecer um pouco mais da indústria de animação japonesa. Tem 24 episódios mas o final da história só poderá ser visto em Love Hina Again, uma OVA que precede a dois especiais: um de Natal e outro de Primavera.

12 de abril de 2011

Meeting de otaku!





Soube assim do nada: "Sábado (já não me lembro de qual), às 15 horas, na secção de manga, na FNAC do Colombo, vai haver um encontro de fãs de anime/manga".

"Quanto tempo dura?"

"O que vamos fazer?"

Comecei a informar os meus amigos do que ia passar-se nesse fim-de-semana. Eles, pelo menos, iriam, e mais a pessoa que me tinha avisado do meeting. No entanto, às 14 horas, ao sair de casa, ainda sentia que partia para o desconhecido.

Cheguei lá. Pouco passava da hora combinada. O espaço reservado para o encontro estava relativamente vazio: num canto, mais ou menos 6 pessoas liam manga (suponho eu); noutro, um pequeno grupo falava de anime (ouvi alguém mencionar Sailor Starlight e Fullmetal Alchemist) e nós (eu, uma amiga e o meu irmão) folheávamos as bandas desenhadas japonesas, comentando personagens e histórias, sempre observando, desconfiados, à espera que mais alguém aparecesse, ou metesse conversa, ou questionando se aquele meeting iria mesmo realizar-se.

Comecei a ouvir pessoas a aproximar-se.

"Viriam ao encontro?"

- Que gira a tua t-shirt!!! - gritou uma fã, apontando para a camisola do Gaara do meu irmão. - Reconheço-te! Estiveste no Anipop? - voltou ela a dizer.

Num período de 5 minutos, o grupo compôs-se (o meeting era oficial!!!). Toda a gente convivia e trocava opiniões sobre anime e não só. Eu, tímida por natureza, consegui juntar-me facilmente. Partilhávamos todos gostos comuns - anime, manga, cultura japonesa. Começou a formar-se um ambiente agradável, repleto de simpatia e boa disposição.

Na loja, quase nos mandaram embora quando nos repreenderam "Estão a fazer muito barulho!". Mas, felizmente, tínhamos outros planos. Iríamos à TEMA, à Replay Zone e, quiçá, ao Fun Center. O que era certo é que ninguém ia deixar que aquele encontro perdesse a magia que o envolvia.

E assim foi. De um lado para o outro, entrando e saindo das lojas, havia sempre tempo para trocar palavras e conhecer melhor a nossa outra família.

Não cheguei a perceber quando é que o encontro foi dado por terminado. - Provavelmente acaba quando toda a gente se for embora - disse uma amiga minha.

Quando o meu grupo saiu da TEMA, já não vimos ninguém, mas isso também não teve importância. O meeting foi uma experiência positiva e espero que haja muitos encontros como este brevemente.

Mata ne, Samurai Blue!





O dia 22 de Junho de 2006 foi mais um marco na História do Japão: no 2006 FIFA World Cup, a equipa nipónica perdeu 4-1 em relação ao Brasil, dando como certa a sua saída do campeonato mundial, já que, para passar aos oitavos de final, tinha que, pelo menos, ganhar por 2 golos ao Brasil e depender do resultado do jogo entre a Austrália e a Croácia, no qual esta teria que ganhar ou empatar.

Assim despedimo-nos dos Samurai Blue (o novo slogan da selecção japonesa para a campanha do campeonato mundial) e aproveito, deste modo, para postar sobre o futebol japonês, mais concretamente, sobre a selecção: os Nihon Daihyo (os representantes japoneses), os Daihyo (representantes) ou os Zico Japan (o nome do treinador seguido pelo nome do país).

Era a equipa nacional com a melhor classificação na FIFA entre as equipas nacionais asiáticas. O seu maior feito teve lugar nas Olimpíadas de Verão de 1968, na Cidade do México, em que ganhou uma medalha de bronze. Apesar de este acontecimento ter dado um maior reconhecimento ao desporto japonês, a falta de uma liga interna profissional foi a razão pela qual o Japão não seria qualificado para os campeonatos mundiais 30 anos mais tarde.

Em 1991, os donos de uma liga semi-professional de futebol japonês (a Japan Soccer League) resolveram desfazê-la e reformá-la como J. League, com o objectivo de aumentar o prestígio do futebol japonês e fortalecer o programa para formar uma equipa nacional. Com uma nova liga em 1993, cresceu o interesse no futebol e numa equipa nacional.

No entanto, na primeira tentativa para se qualificar para o campeonato do mundo com jogadores profissionais, o Japão perdeu a oportunidade, em 1994, quando perdeu contra o Iraque no último jogo para a apuração. Deste modo, só em 1998 é que aparece pela primeira vez num campeonato mundial, tendo perdido os três jogos que davam entrada para os oitavos de final contra a Argentina, Croácia e Jamaica.

Quatro anos mais tarde, o Japão acolheu o 2002 FIFA World Cup juntamente com a Coreia do Sul. Tendo chegado aos oitavos de final, não conseguiram levar a taça para casa.

É um facto que o Japão tem tido um sucesso muito mais considerável no campeonato asiático, pois ganharam a taça em três das últimas quatro finais, tendo sido os seus principais rivais a Coreia do Sul, seguido pelo Irão e depois pela Arábia Saudita.

Foi no dia 8 de Junho de 2005 que o Japão foi qualificado pela terceira vez consecutiva para entrar no campeonato mundial, neste caso, por ter derrotado a Coreia do Norte por 2-0 na Tailândia. Em 2006, estava no grupo F juntamente com a Austrália, Croácia e Brasil no campeonato, tendo já sido desqualificado (como já tinha referido) depois de ter perdido 3-1 contra a Austrália, empatado com a Croácia e sofrido uma derrota 4-1 contra o Brasil.

Apoiei a selecção japonesa como a minha segunda equipa. E foi com a mesma esperança que voltei a vê-la em 2010.

30 de março de 2011

Meninas ao poder!





Nome original: Tokyo Mew Mew

Nome oficial:
Mew Mew Power

Género(s): Aventura, Comédia, Ficção Científica, Magia, Romance

Número de episódios: 52

Ano: de 06/04/2002 a 29/03/2003

Classificação pessoal: 5/10



Julgo que foi a primeira vez que fiz isto: escrever sobre um anime que tinha começado há muito pouco tempo na televisão portuguesa. Apesar de nunca o ter feito antes, penso que foi absolutamente necessário pois, sendo este blogue direccionado aos otaku portugueses, era importante que eles soubessem o que estava a dar cá, embora, na maior parte das vezes, fosse dobrado.

Como um dia me disseram que havia falta de raparigas no blogue, desta vez, postei sobre uma série totalmente shoujo: Tokyo Mew Mew.

Este anime conta a história de uma rapariga chamada Ichigo Momomiya que, juntamente com mais quatro (Mint Aizawa, Lettuce Midorikawa, Pudding Fong e Zakuro Fujiwara), sofreu uma alteração no seu ADN: deu-se uma infusão deste com o ADN de um animal em vias de extinção. Ao mesmo tempo, estas cinco raparigas são empregadas do Café Mew Mew. Para além de todas estas ocupações, Ichigo não desiste de conquistar o rapaz mais popular da escola, Masaya Aoyama.




Tendo obtido super poderes a adquirido novas formas, elas acabam por descobrir que foram escolhidas para proteger a terra onde vivem seres de outro planeta, tais como Kish, Pie e Tart, que têm como líder o misterioso Deep Blue. Kish, Pie e Tart têm o poder de criar monstros, fazendo uma infusão entre animais e plantas através de um outro tipo de criaturas, que torna os animais mais poderosos e sob a influência maligna dos aliens. Posteriormente, para fazer uma infusão, vão utilizar espíritos de seres humanos normais e talentosos e combiná-los com animais.

Deste modo, o trabalho das raparigas é derrotar os monstros e salvar o mundo dos seres extraterrestres.

28 de março de 2011

Marmalade Boy


Género(s): Romance, Shoujo, Vida Escolar

Número de episódios: 76

Ano: de 13/03/1994 a 03/09/1995

Classificação pessoal: 10/10


Miki Koishikawa, uma jovem adolescente, tinha uma vida normal até os seus pais se terem divorciado... Tanto a sua mãe como o seu pai apaixonam-se, respectivamente, pelo pai e pela mãe de um belo rapaz, Yuu Matsuura, e todos vão viver juntos para uma casa.

Inicialmente, Miki revolta-se com a atitude dos pais porque receia que todos comentem que ela e Yuu (alunos da mesma turma) estejam a viver juntos. Mas o seu estado de espírito muda quando se apercebe de que ter duas mães e dois pais até é divertido, pois os quatro, para além de serem personagens cómicos, estão sempre na brincadeira, parecendo mais infantis e irresponsáveis que os próprios filhos.

No entanto, a setinha do cupido não acertou apenas nos mais velhos... Miki e Yuu acabam por se apaixonar mas a sua relação vai encontrar alguns obstáculos: Ginta, um amigo de infância e colega de turma de Miki, está apaixonado por ela; Arimi, uma ex-namorada de Yuu, sempre o amou e não o consegue esquecer.

Para além destes dois, ao longo da série, surgem outros: Suzu é modelo e vai fazer um anúncio publicitário com Yuu, por quem se apaixona; Kei conhece Miki na gelataria onde esta trabalha, e começa a sentir algo especial por ela; Anju, amiga de infância de Yuu, confunde uma bonita amizade com amor; Ginny, uma jovem loira americana, aproveita o facto de Yuu estar na América a estudar, e longe de Miki, para o conquistar.

Um anime shoujo (tem como público-alvo as raparigas), Marmalade Boy podia ser o enredo de uma novela. Amores, desamores, paixões e traições são o tema central deste anime, que está, sem dúvida, na lista dos favoritos das meninas otaku.


Obrigada, Anipop!


Anime? Música japonesa?




Antigamente estes eram dois fenómenos sobre os quais procurava nem sequer proferir uma palavra aos meus amigos. Não tinha a certeza se me gozariam ou se achariam que fosse infantil por ver os desenhos animados que passavam na televisão.

Posteriormente conheci outras pessoas que partilhavam gostos idênticos aos meus. Uma delas foi graças ao evento realizado entre o dia 28 e 30 de Outubro de 2005, no IPJ em Moscavide, re:anipop: foi a primeira vez de que me apercebi que havia tantos portugueses a interessar-se pela cultura japonesa, cada um à sua maneira.

Para além de ter estado a passar anime quase 24 horas por dia (Tsubasa Chronicle, Final Fantasy VII Advent Children, Gekijouban Naruto: Dai Katsugeki! Yuki Hime Ninpouchou Dattebayo!, Kamichu, Cutey Honey...), houve karaoke, workshop's de origami (arte de dobrar papel), de japonês (introdução à língua e aos silabários), de desenho e de fandubbing (consistia em dobrar uma película retirada de um filme de Sailor Moon, no entanto, devido a problemas técnicos, acabou por não se realizar na totalidade), concurso de cosplay, de videojogos e outro de cultura geral de anime chamado Otaku Mais Fraco (bem ao estilo d'O Elo Mais Fraco, que passou na televisão portuguesa).

Para quem não quis participar em nenhuma destas actividades, pôde comprar action figures, t-shirts, acessórios, artbooks, ver os desenhos expostos por fãs, falar com a equipa Shoot to Kill (http://shoottokill.wordpress.com/), conhecer outras pessoas... enfim, o que não faltou neste evento foi convívio e muito boa disposição, acompanhados de actividades muito divertidas.

Por todos estes motivos, mal pude esperar pelos dias 15, 16 e 17 de Setembro, que foi quando houve mais um evento organizado pela Anipop - AJACJ (Associação Juvenil de Animação e Cultura Japonesa).